quarta-feira, fevereiro 06, 2013

A saga por patrocínios


Olá olá, galerinha!! Tudo joinha?! Eu estou mais ou menos, na medida do possível, mas seguindo... E precisando muittooo de um descanso... :P....

Sobre  o projeto: A documentação necessária que o site me solicitou já foi verificada e aprovada... Próximo passo, repassarem o valor.

Uma das minhas metas para concretizar o PROJETO VIDA DE LEITURISTA com êxito e pelo menos mais calma era o apoio, em forma de patrocínios, de alguns comércios aqui da cidade de Poços de Caldas/ MG. Marquei vários locais onde poderia visitar e apresentar o trabalho, montei cronogramas para ficar mais prático e fui a luta.

Poços de Caldas, divisa de Minas Gerais com o estado de São Paulo é uma cidade muito conhecida, podemos falar mundialmente, pelas suas águas termais. Com uma variedade enorme de pontos turísticos, a cidade sempre teve a fama de abrigar casais em suas Luas-de-mel, inclusive, ex-Presidente da República Lula passou a sua Lua-de-Mel em Poços.

Uma cidade turística além de pontos a visitar o que mais tem?... Comércios! Uma variedade enorme e também de ramos diversos.

Como todo valor de patrocínio era bem-vindo ao projeto, afinal, de pouco em pouco ajudaria a atingir o valor necessário, eu não fechei as hipóteses... Todo comércio era válido para ser visitado e apresentar o projeto. Era oferecido ao patrocinador um espaço no livro para sua logo, divulgação junto ao projeto pelas redes socias e um número de exemplares, ou sdeja, além da divulgação, recuperavam bastante do valor recebendo em livros.

Comecei com os mais óbvios para o projeto... Livrarias e Revistarias... Logo de cara sem êxito, ficando duas que eu sempre visitava e não conseguia falar com o proprietário, até que uma delas consegui, e ele descartou o patrocínio. A outra, por sua vez, consegui falar com a proprietária que ao saber que gostaria de conversar sobre um possível patrocínio para um projeto de livro (Ela não sabia ainda o tema) remarcou comigo umas três vezes, e simplesmente eu aparecia ao local e ela nunca estava... No final, faltando três dias para o término do projeto, voltei e uma funcionária, que cansada de me ver indo lá perguntar pela proprietária, disse: "Você não acha que ela está fugindo de você?"... E eu respondi: "Acho, mas bastava ela pelo menos ver o projeto, para ai sim decidir dizer um sim ou não que eu parava de procurá-la, como isso não ocorreu, continuarei vindo."

De pouco em pouco fui em todo tipo de comércios... Hotéis, muitos não conseguia falar com o responsável pela área... Outros me recebiam com aquelaaaa vontade e me passavam um endereço de e-mail para o qual deveria mandar o material (Que por acaso espero resposta até hoje!), e teve aqueles hotéis que ao dizer "...patrocínio para um livro..." já era interrompido com a seguinte frase: "Não patrocinamos ESSE tipo de projeto".

Não entendo Hotéis, patrocinam festas locais onde 90% ou mais do público são moradores da cidade, ou seja, não frequentam o estabelecimento, e um livro, com pré-venda para Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, que alcançará um público muito mais possível de vir a se hospedar, eles não patrocinam?!

Além dos incontáveis endereços de e-mails que me entregavam para passar o material, sendo que a mairoia nem abria, porque nem retorno do recebimento me passaram, e outros, quando procurados, alegavam não ter sequer passado ao encarregado ainda, houve também locais que solicitaram o material impresso. Lá fui eu, gastar na impressão de material, preencher formulário da loja e entregar, arrumadinho e bonitinho, para a apreciação... Resposta?! Nem pensar... Nem sequer um não... Voltei na loja, solicitei a resposta, anotaram meu nome e celular e até hoje nem um retorno mesmo!

Além dos incontaveis comércios, escolas de informática e inglês, lojas em geral, procurei contato com os vereadores. Mandei e-mail para todos, pelo endereço oficial da câmara, que diz a lenda que todos devem consultar todos os dias... Tive retorno apenas de três, e mais um, depois do término do meu prazo, e dois conversei quando encontrei eles pelo caminho dentro da câmara, ou seja, a maioria sequer respondeu meu e-mail solicitando uma conversa sobre o projeto.

Logo de cara, todos já tiravam o seu da reta... lógico... (Talvez porque não é época eleitoral...) dizendo que eles não podiam patrocinar, e claro, eu já sabia disso, e os tranquilizava, dizendo que o que buscava deles eram contatos, por serem vereadores, provavelmente conheciam muitos comerciantes e que poderiam fazer a ponte para uma conversa. A maioria anotou meu celular, teve um em particular que estava mais preocupado em falar no celular dele do que prestar atenção no que eu dizia... Moral da história... Também não rolou grande ajuda... Só não digo nenhuma ajuda porque um deles, mais conhecido meu, adquiriu um exemplar.

Resumindo, a busca por patrocínios resultou em apenas um, que agradeço imensamente, do pessoal da GSC EVENTOS, responsáveis pela Flipoços (Feira do Livro). Gisele, a coordenadora, já conhecendo meu trabalho apoiou na mesma hora... Fiquei muito feliz e agradecido com a força que deram.

Tirando a GSC Eventos, o que senti no resto do comércio de poços foi algo preocupante e alarmante. Os senhores comerciantes da cidade, em sua maioria, deixaram mais claro que "Projeto cultural" para eles resume-se em Festas Noturnas, aparentemente, único lugar que buscam associar suas marcas...

Fico preocupado porque, sinceramente, se a cultura Poços-caldense dependesse do apoio do comércio local, seriamos uma sociedade burra e ignorante!

Ah, mas você diz isso só porque não patrocinaram seu projeto!

Não... Quando você procura patrocínio, já tem em mãos um "Não"... E o objetivo é transformar esse não em um "Sim", mas para isso tem que ser dado ao artista pelo menos a atenção, respeito e a chance de apresentar o projeto.
O que mais acontecia, e que me deixou não só frustrado, mas entristecido, foi que a maioria do comércio quando eu dizia: "O projeto consite em um livro..." Na mesma hora era interrompido... A pessoa não buscava saber nem mesmo o tema... Nem mesmo se era algo que tinha total ligação a loja, isso achei absurdo!

Nessa busca de patrocínios também inventei um termo novo: "A síndrome da pasta"... Que seria quando você fala para o dono do estabelecimento que você gostaria de solicitar um patrocínio para um projeto... e estende a pasta na direção da pessoa. Com medo de relar na pasta e ter que pagar algo, a pessoa chega a dar dois passinhos para trás, até se encolher... Não é brincadeira... É sério!! :P....

 De todas as situações de nossas vidas devemos tirar ensinamentos até mesmo das não tão agradáveis... Digo que, nessa busca de patrocínios percebi que na próxima vida só irei fazer festa noturna... Brincadeira... mas com certeza seria mais fácil para patrocínios por aqui! Mas o que aprendi é que infelizmente falta cultura para toda a população... Está na hora do governo de cada cidade começar a investir e incentivar o comércio a apostar nos projetos locais, não só por causa de privilégios fiscais, mas pelo bem coletivo da cidade. Projetos culturais diversos, não só festas, mas livros, projetos cinematográficos, pinturas, danças, músicas... Tudo. Em Poços, por exemplo, somos uma cidade repleta de artistas de áreas variadas, e seria totalmente possível suprir as necessidades dos comércios e empresas locais com os artistas que temos... Basta ser dada a chance, e não ficar buscando trabalhos em outros cantos... Temos que valorizar o que temos aqui junto de nós, crescendo em nossa terra!

Espero de coração que essa situação de patrocínios na cidade mude, não só aqui, mas em todas no nosso Brasil. Que a arte e o artista seja mais valorizado... E espero, de coração, que tão cedo eu não precise voltar a essa correria por patrocínios... É frustrante e cansativa!! Aiai!!

Valeu pelas visitas aos meus blogs e fotolog, espero que estejam curtindo as postagens, e aguardo comentários, ok?! ;)....
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